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O que preciso saber antes de ir para a Festa Literária Internacional de Paraty – FLIP?

Vai visitar a FLIP Paraty? Aqui vai um mini guia com tudo o que você precisa saber antes de ir para a FLIP 🫶🏼

Vem aí: drinks Jorge Amado, docinhos deliciosos de rua e muita literatura

1. Sobre a programação oficial 

Você já conferiu a programação oficial no site da FLIP? Se ainda não viu, essa é a hora! Para evitar perder alguma mesa favorita, abra já um caderninho e organize suas escolhas por dia e horários 📝

Olha só, não se preocupe em comprar ingressos para a programação oficial, porque tudo será transmitido ao vivo no telão em espaço coberto na praça principal. Sinceramente? Vale economizar este dinheiro para comprar o livro e ainda pegar o autógrafo da escritora ou escritor logo na sequência.

A cada edição, a FLIP homenageia alguma figura importante na literatura, no ano passado foi a Pagu, este ano será o jornalista João do Rio. Essa informação é importante porque a curadoria leva em consideração a trajetória dessa figura para propor mesas e também fazer lançamentos. Se quiser saber mais, recomendo este episódio do podcast 451 MHz  e também o documentário no Youtube aqui.

2. Sobre a programação paralela 

Lançamento de livro, leitura ao ar livre, oficina de escrita, sarau – são muitas (MUITAS MESMO!) opções para fazer além da programação oficial. Onde conferir essas divulgações? Pois é! Por enquanto, o negócio é prestar atenção às redes sociais das editoras. Mais perto do início da FLIP, muitos materiais impressos estarão disponíveis, além de totens, banners e outros materiais publicitários que são espalhados por Paraty. Vou deixar listado aqui o que eu já vi por aí de interessante, com ajuda da minha amiga Ari. De nada 😉

Notou que faltou listar alguma casa? Manda aqui nos comentários o link 😉

3. Sobre as trocas enriquecedoras

Você já sabe quais os nomes mais falados e esperados da programação? Olha só, não é para criar expectativa, mas é claro que todos temos algumas mesas mais aguardadas, certo? 👀

Por enquanto, falando da programação oficial, estou bem animada para conhecer mais do trabalho dos internacionais Mohamed Mbougar Sarr (Senegal), Robert Jones Jr. (EUA), Édouard Louis (França), Gabriela Cabezón Cámara (Argentina), Ilaria Gaspari (Itália) – mais alguém? Me conta nos comentários!

É claro, como não aplaudir de pé a literatura nacional da programação oficial? Algumas menções que estão na minha lista: Eliane Alves Cruz, Mari Salomão Carrara, Carla Madeira, Bruna Miltrano, Raoni Metuktire, José Falero, Jeferson Tenório. Na programação paralela teremos muitas escritoras e escritores incríveis para acompanhar (volte um tópico e clique nos links para conferir)!

Outro ponto importantíssimo: a festa não é lugar para timidez, hein? A FLIP tem sua % de pessoas com aquele ar de inacessíveis? SIM! Mas também tem muita gente disposta a trocar figurinhas e experiências na literatura. Portanto, aproveita! Principalmente se você trabalha no mercado editorial, dá para fazer amizades, conhecer revisoras, tradutoras, editoras e por aí vai!

Em 2023 na FLIP: pegando o autógrafo da Queen Conceição Evaristo

4. Sobre Paraty além dos livros

Sem dúvida, a FLIP é um dos eventos que mais movimentam Paraty, mas é claro que a cidade tem uma infinidade de coisas para fazer além dos livros, né? Entre uma mesa literária e outra, vale sair para explorar:

  • Centro Histórico: o centrinho é todo de pedras. Lindo, porém traiçoeiro! Vá com calçado antiderrapante, tênis ou algum outro emborrachado.
  • Artesanato local: especialmente no Pontal ficam várias barraquinhas de comidas e artesanato de moradores e pessoas locais da região de Paraty. Vale prestigiar! Ahhhh… por ali também está a praia de Jabaquara e a do Forte (dá pra ir a pé se você já tem hábito de fazer atividade física).
  • Praias e passeios de barco: existem praias incríveis no entorno de Paraty que não podem ser acessadas por carro, mas que podemos chegar pelo mar. Combine o percurso com o marinheiro – aliás, se alguém quiser indicação de uma pessoa de confiança, me chama que posso compartilhar! No ano passado o roteiro que fizemos em amigos foi: Ilha dos Cocos, Praia Vermelha, Lagoa Azul e Praia da Lula – um passeio de mais ou menos 4 a 5 horas, dá pra tirar fotos incríveis e aproveitar o mar transparente para ver os peixes – confesso que tenho uma certa aflição, mas fui mesmo assim kkk
  • Cachoeiras e trilhas: se tiver de carro, vale conferir alguns pontos por perto, como a Pedra que Engole ou a famosa Cachoeira do Tobogã. Trindade fica bem perto e é um local com praias de ondas mais agitadas e um clima gostoso pra passar o dia.
  • Alambiques: Maria Izabel tem todo o seu valor e está entre as primeiras indicações para conhecer o processo de produção artesanal de cachaça, mas também existem outros locais mais acessíveis na região, como o Engenho d’Ouro e outros próximos à Estrada Real.
  • Gastronomia: aqui a lista pode ser longa, viu? Paraty tem muita gastronomia interessante, principalmente para quem aprecia frutos do mar (não é meu caso, rs!). Se você está com disposição ($$) para investir, recomendo fazer uma reserva no Restaurante Armazém Mar, preferencialmente de dia ou quando o Sol se pôr para admirar a vista. Estão na minha lista outras duas indicações: o Pupu`s Pank Party e o Thai Paraty – já sabendo que os valores não são os mais acessíveis. Ano passado, descobri o Boteco Damião tarde demais, vale ir para comer uma porção e aproveitar o melhor drink Jorge Amado que provei em toda a viagem! Falando em drink, na mesma rua está o Apothekario, um bar especializado neste assunto e a sorveteria artesanal Miracolo. A dica aqui é: se você quer economizar, existem opções de lugares mais afastados do centro histórico que servem comida muito boa, como na Praia do Pontal – basta atravessar a ponte! Vai acessar Paraty pela estrada de Ubatuba? A parada no Restaurante do Quilombo Campinho é obrigatória (vale mesmo reservar um tempo para ir conhecer o trabalho comunitário deste local com comida afro-brasileira deliciosa). Para recarregar a energia, vai bem um café na Montañita ou, quem sabe, um vinho com as amigas no final da tarde no Grand Cru. Se programe, porque a maioria dos lugares estarão cheios e com filas – é bom tomar um cafezão bem reforçado na sua pousada antes de sair.

5. Sobre conselhos gerais 
Separe calçados confortáveis e roupas leves – mas vale incluir um corta vento para andar à noite. Leve capa de chuva ou guarda chuva porque SIM, vai chover!

  • Depois de organizar a sua programação, separe os livros que você já tem em casa para levar. Você poderá conversar com sua autora ou autor de pertinho e ainda garantir um autógrafo no seu exemplar. Sim, tem livros comercializados por lá, mas os valores costumam ser mais altos, se prepare!
  • Tenha paciência com as filas – e se programe para chegar com pelo menos uma hora de antecedência nas mesas que você quer muito acompanhar de perto – é sério, principalmente no sábado e domingo! No ano passado, queria muito ver Conceição Evaristo na Estante Virtual, cheguei alguns minutos antes e a fila já estava dando volta no quarteirão. Resultado: não deu! Então, tentei novamente no domingo, em uma programação prevista para começar às 10h. Cheguei às 8h30 e consegui ficar exatamente na frente da queen.
  • Se você descer a serra pela Dutra, Tamoios, Cunha ou Taubaté, atenção às estradas sinuosas, engrene a segunda marcha e vai! Saio de Sorocaba e costumo optar pela serra de Cunha, que tem o famoso trecho da Estrada Real. Não é a preferida da maioria das pessoas, mas é muito linda e ainda tem o Lavandário como opção de parada.

A Rua mais fofa de Paraty para encontrar (e se perder) na FLIP

Especial imperdíveis de Paraty – para quem vai à FLIP ou não:

Conhecer o trabalho do Restaurante Quilombo Campinho 

Assistir uma apresentação do grupo Contadores de Estórias no Teatro Espaço

Ficar de olho no site oficial de Paraty para conhecer mais possibilidades

Para escrever essa news, a playlist que ouvi na estrada descendo para a FLIP na última edição, aqui.

Um abração!

Gabi :)

gabrielle-albuquerque

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