Mesmo em textos publicitários, como é possível desenvolver uma narrativa que emociona?
Na época da faculdade de jornalismo – meados de 2010! – me lembro de acompanhar uma roda de conversa em que membros de agências de publicidade de São Paulo debateram sobre os segredos dos comerciais de impacto.
Não é meu objetivo aqui entrar em análises publicitárias. O ponto é: nessa trajetória trabalhando com as palavras, se tem uma coisa que aprendi, é que o recurso de narrar histórias que despertam emoção está plenamente acessível para marcas pessoais ou empresas de pequeno porte.
“Vocês precisam observar os cases das grandes marcas” – diziam. Os slides mostravam as métricas, as disputas entre as agências para conquistar uma conta e, é claro, os orçamentos milionários para fazer produções cinematográficas.
Masss…
Será mesmo que é preciso um investimento alto para criar narrativas emocionantes? Minha opinião: não! A capacidade de emocionar não depende exclusivamente de orçamento, mas sobretudo da habilidade de estabelecer uma conversa que dialoga com a história de quem escuta do outro lado.
Aí, mais uma vez, a estrela: o valor do texto, seja de um roteiro, uma legenda de uma postagem, um manifesto de marca – as possibilidades são muitas!
então, como marcas pessoais ou empresas com menor orçamento podem usar o recurso do texto para emocionar e acessar as pessoas?
1 – Valorizando a história que vem antes da marca – aposto que o texto narrado da sua história, com suas palavras, é muito mais emocionante que um comando genérico criado no Chat GPT!
2 – E aí, quando você se propõe a escrever um texto assim, é bem comum evocar uma formalidade nas palavras. Acredite, isso é dispensável. Qual é o receio em usar o seu vocabulário? Informal demais? Engraçado demais? Que nada! Aposte na sua voz.
3 – Aliás, explore o seu tom de voz. O que as pessoas dizem sobre você ou sua marca? Gentileza? Bom humor? Assertividade? Inspiração? Ousadia? Essa é a essência da sua comunicação que precisa aparecer nas palavras do texto.
4 – Não tenha medo de repetir – palavras ou frases. Pense que você está trabalhando na construção de uma identidade verbal. A repetição é sim bem-vinda para somar nessa composição do universo da marca!
5 – O ordinário pode ser a chave da emoção no texto. Quando você se depara com uma folha em branco, é comum imaginar qual é a coisa mais grandiosa que você pode contar sobre essa história. Em contraponto, este extraordinário pode morar justamente nos detalhes sutis que puxam a narrativa.
Escrever é uma tarefa e tanto – pode parecer difícil em muitos aspectos: falta tempo, repertório, vocabulário, pode não ser a prioridade, pode “faltar saco para pensar” (a sinceridade que já ouvi de clientes!) kkkk
O fato é que é sim – urgente! – estabelecer uma comunicação que conte histórias afetivas. Assumir o protagonismo das nossas intenções. Desejo que este seja um caminho possível para 2025 ✨
Se precisar de ajuda para escrever, me chama?
Textos de grandes marcas que podem inspirar: Itaú, Brastemp e Disney
GARANTO que você vai chorar com essa publi aqui – depois me conta!
Até a próxima!
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